Introdução
A primeira onda da IA Generativa nos ensinou a conversar com a tecnologia. A próxima onda vai ensiná-la a agir. Nos últimos anos, empresas de todos os setores correram para adotar copilotos e chatbots, buscando ganhos de produtividade. O resultado, no entanto, tem sido um impacto difuso e difícil de medir, criando o que um estudo da McKinsey chama de “Paradoxo da IA Generativa“: ampla adoção com retorno limitado.
Agora, uma nova era se inicia, prometendo transformar o potencial da IA em performance real. A IA Agêntica representa a mudança de ferramentas reativas para sistemas proativos e autônomos, capazes de orquestrar processos complexos e gerar valor de ponta a ponta. Com base nas conclusões da McKinsey, este artigo explora como essa revolução silenciosa funciona e apresenta o mandato estratégico que os líderes precisam abraçar para não apenas competir, mas redefinir as regras do jogo.
O Paradoxo da IA Generativa: Muita Adoção, Pouco Impacto
O estudo começa identificando um problema central que chama de “paradoxo da IA generativa”. Embora quase 80% das empresas já usem alguma forma de IA generativa (gen AI), a mesma porcentagem relata não ter visto um impacto significativo em seus resultados financeiros.
O principal motivo para essa desconexão é o desequilíbrio entre dois tipos de aplicações de IA:
- Aplicações Horizontais: São ferramentas de uso geral, como copilotos (ex: Microsoft 365 Copilot) e chatbots internos. Elas foram implementadas em larga escala, mas seus benefícios são difusos e difíceis de medir, focando em ganhos de produtividade individual.
- Aplicações Verticais: São soluções específicas para uma função de negócio (ex: otimização da cadeia de suprimentos, análise de risco de crédito) com alto potencial de impacto. No entanto, cerca de 90% dessas aplicações nunca saem da fase de piloto devido a barreiras técnicas, organizacionais e culturais.
A Solução: Agentes de IA Para Escalar o Impacto
Os agentes de IA são a chave para superar esse paradoxo. Diferente das ferramentas de gen AI de primeira geração, que são reativas e precisam de um comando humano, os agentes são proativos e autônomos. Eles podem entender objetivos, planejar e executar tarefas complexas, interagir com sistemas e pessoas, e se adaptar em tempo real com mínima intervenção humana.
O verdadeiro potencial dos agentes está em sua capacidade de automatizar fluxos de trabalho complexos de ponta a ponta, transformando processos de negócios em vez de apenas otimizar tarefas isoladas. Isso gera benefícios que vão muito além da simples eficiência:
- Agilidade Operacional: Os agentes podem acelerar a execução, adaptar-se a mudanças em tempo real e tornar as operações mais resilientes a interrupções.
- Novas Fontes de Receita: Podem criar ofertas personalizadas para clientes em tempo real e viabilizar novos modelos de negócio, como produtos baseados em assinatura ou pagamento por uso.
Para alcançar esse potencial, não basta “conectar” agentes aos fluxos de trabalho existentes. É preciso reinventar os processos de negócio tendo os agentes como peça central.
A Mudança Necessária: O Mandato do CEO na Era Agêntica
A transição para a IA agêntica não é apenas um desafio técnico, mas principalmente humano e organizacional. Para ter sucesso, as empresas precisam de uma mudança fundamental em sua abordagem, liderada diretamente pelo CEO.
O estudo recomenda quatro mudanças principais na estratégia de transformação de IA:
- De iniciativas táticas a programas estratégicos: Em vez de projetos isolados, as iniciativas de IA devem estar diretamente alinhadas às prioridades estratégicas da empresa.
- De casos de uso a processos de negócio: O foco deve mudar da otimização de tarefas individuais para a reinvenção completa de processos de negócio de ponta a ponta.
- De equipes de IA isoladas para esquadrões multifuncionais: A implementação deve ser feita por equipes que incluam especialistas de negócio, TI, dados e IA trabalhando juntos.
- De experimentação para entrega industrializada: As soluções devem ser projetadas desde o início para serem escaláveis, seguras e economicamente sustentáveis.
Para viabilizar essa transformação, o CEO deve tomar três ações imediatas:
- Encerrar a fase de experimentação: Avaliar os pilotos existentes, descartar os que não são escaláveis e focar em programas de alto impacto.
- Redesenhar a governança de IA: Criar um conselho estratégico de IA para alinhar investimentos e garantir a criação de valor.
- Lançar um projeto farol: Iniciar uma transformação de alto impacto em uma área de negócio principal e, ao mesmo tempo, construir a base tecnológica necessária para a IA agêntica.
Em resumo, a passagem da IA Generativa para a IA Agêntica representa um ponto de inflexão estratégico. Empresas que agirem agora não estarão apenas otimizando tarefas, mas redesenhando seu lugar no mercado. No entanto, essa jornada de reinvenção de processos de ponta a ponta é complexa e cheia de desafios técnicos e organizacionais.
Não se trata de uma jornada para ser feita sozinho. A Zappts é sua parceira estratégica para sair do paradoxo e entrar na era do impacto, com a expertise necessária para construir e escalar soluções de IA Agêntica de forma segura e focada em resultados.
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